quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Só, Sozinha.


   Ao contar histórias da minha vida me deparo com enredos diferentes dos quais vivi. Criei pessoas à minha maneira, imaginei relações perfeitas das quais não tive.
   Me iludi para que me contentasse com pouco, aceitei pouco, busquei pouco.
   Me apaixonei, amei fantasias. Convenci a mim e aos outros de que já tive o que buscava para mim. Me confundi com o real e com o imaginário, me perdi no que construí.
  Ao destruir as ilusões, destruo em mim pessoas, histórias, relações, mas assim me invado, me reviro, me encontro, sozinha. Sinto a delícia e a beleza de estar só. 
   Hoje, vejo e afirmo parafraseando Tati Bernardi: Para estar ao meu lado tem que ser melhor que minha própria companhia.
Busco em mim novas histórias, novas formas de conquista.
   Quero risadas bobas, brincadeiras idiotas, piadas sem graça, não quero olhares de repreensão. Quero falar à minha maneira espontânea, sem precisar podar-me. Quero brincar, brigar, chorar, sorrir sem fantasias irreais. 
   Quero poder ser eu mesma, essa Eu que renovo todos os dias, essa que a cada dia gosta de coisas novas e deixa de gostar. Essa Eu inconstante sim! Tenho me permitido mudar todos os dias, me permito ser livre em mim mesma. Me experimento, me reinvento, me construo, me destruo, me transformo no melhor de mim nesse instante.

erlaub dich

segunda-feira, 17 de setembro de 2012


Podemos olhar por diferentes ângulos.
Não existe apenas um lado, uma versão.
Tudo pode ter o bom e o ruim!
Você escolhe como quer ver cada situação!
Permita-se vislumbrar por diferentes formas!

erlaub dich

sábado, 18 de agosto de 2012

Perdas!




Perder para a morte pode causar muito sofrimento, mas existe outra perda que pode gerar grande dor: O término de um relacionamento. A pessoa não morreu, continua frequentando os mesmos lugares, com os mesmos amigos em comum, bebendo as mesmas bebidas, tendo os mesmos gostos, com o mesmo sorriso, tudo aquilo que fez você se apaixonar e amar, apenas não te ama mais e não te quer ao lado.

Abre-se um vazio. Buscamos preencher de várias formas. Choramos, bebemos, beijamos vários, começamos e terminamos inúmeras relações. Esse vazio insuportável precisa ser preenchido.

Mas é necessário aprender a perder, simplesmente perder. Difícil etapa, fazer a reflexão sobre nossas perdas. Normalmente colocamos pessoas ou coisas no lugar do que foi perdido. Quando a dor é imensa damos grande importância ao que foi utilizado para tapá-la. São fantasmas e fantasias que nos dão suporte para não nos perdermos. O preenchimento faz com que não nos deparemos com o que foi perdido, com a falta. De certa forma ameniza a dor, mas são apenas ilusões. Quando enfim conseguimos deixar o vazio “aberto”, quando percebemos que apenas perdemos, conseguimos aceitar e seguir a diante. O vazio irá continuar ali, sem que com ele, você se perca!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Ciclos



Os olhos ficam úmidos e o coração apertado ao pensar que mais um ciclo está chegando ao fim.
O ciclo de graduação, de 5 anos indo à mesma instituição de ensino superior. Anos de descobertas, conhecimento, aprendizado, troca, desentendimentos, choros, perdas, ganhos, amadurecimento, amizades, afetos, desafetos, amores, crescimento, desconstrução, construção, reconstrução.
Lembro como foram os primeiros dias de aula, cada colega, cada mestre que tive. Muitos deixaram marcas profundas, das quais levarei pela minha caminhada. Alguns auxiliaram no descobrimento de uma Psicóloga em mim, que desconhecia. Acreditaram no que poderia produzir, me apoiaram, me exigiram e muito. A todos esses devo o meu agradecimento.
Lembro das minhas expectativas, meus sonhos e projetos. Alguns deixei pelo caminho, outros conquistei e novos apareceram pelo trajeto. A aprendizagem e conquistas não se estabeleceram apenas no âmbito profissional, após um curso de Psicologia é impossível pensar da mesma forma que entramos em relação à vida, ao outro. A visão de homem e de mundo é completamente modificada. A psicologia permeia a vida, as relações, os pensamentos.
Um grande Mestre falou: “Não é você que escolhe a Psicologia e a abordagem que irá seguir, é ela que te escolhe”, fato! Sem ao menos dar se conta, já fui escolhida, agarrada por uma linda abordagem, a qual faz meu olho brilhar e ter a certeza que sim, esses quase cinco anos valeram muito a pena.
Sei que ainda não terminou, porém a nostalgia já me toma conta. Sentirei saudade de tudo o que vivi e uma felicidade imensa de estar chegando ao fim de um dos grandes objetivos.
Novos projetos, novos objetivos, novos ciclos. Que comecem, que se fechem, que eu cresça!