Quando era criança tinha a dificuldade de
perdoar. Ficava chateada, magoada, deixa de falar com quem gostava por motivos
supérfluos. Minha mãe sempre falou que meu coração ia ficando duro, que ia me
fazer mal não perdoar.
Anos se passaram e essa dificuldade permaneceu.
Virou um orgulho bobo, ressentimentos desnecessários. Mesmo após estudar sobre
as mágoas, os ressentimentos, que segundo McCurty “guardar ressentimento é como
tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra”, não conseguia perceber o
quanto eu estava me prejudicando. Me afastei de pessoas que me fazem falta por motivos
que nem recordo mais.
Um dia uma amiga me falou que alguém
precisava do meu perdão. Parei pra pensar e vi o quanto uma simples frase pode
me libertar e também libertar o outro. Com poucas palavras eu disse: “Fica
tranquila, eu já te perdoei”. Um sorriso de alivio se abriu em mim.
Comecei a praticar, a desapegar das mágoas.
Comecei a buscar, desculpar e pedir desculpas. Alguém me disse: “O Tempo é o
Senhor”, pode ser, porém sem atitudes o tempo pode passar e as mágoas vão realmente
deixando o coração duro...
“Pedir desculpas nem sempre significa que
você está errado e a outra pessoa certa. Significa apenas que você valoriza
mais a relação do que seu ego.”
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